quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Por de baixo desta carapaça



Por de baixo desta carapaça que me aprisiona está o meu Eu.
Um ser que não se vê, mas que se olha e sente.
Por de baixo desta carapaça cinzenta que me sufoca está um ser cheio de cor e vida.
Olho-me ao espelho e o meu rosto cobre-se de formas e cores.
Por de baixo desta carapaça claustrofóbica, sinto--me nua, livre, sem passado nem futuro a deambular pelo Universo.
Por de baixo desta carapaça que me aprisiona, resta-ma o olhar de menina aninhada ao colo do seu pai numa noite de inverno.

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